Olá.
Como disse anteriormente, havia um outro blog sobre livros: Pattern Recognition. Eu amo escrever. Sempre amei. Tanto quanto ler.
Uni o útil ao agradável e comecei.
Infelizmente, houveram alguns imprevistos e ele foi deixado de lado.
Ainda mais por estar em inglês.
Resolvi voltar a escrever, o que gerou esse blog.
Mas as reviews antigas merecem ser traduzidas, e para isso, preciso começar do começo.
Esse é o texto de abertura original do blog Pattern Recognition.
Deixarei entre parênteses e em itálico alterações na ideia original do blog.
Como disse anteriormente, havia um outro blog sobre livros: Pattern Recognition. Eu amo escrever. Sempre amei. Tanto quanto ler.
Uni o útil ao agradável e comecei.
Infelizmente, houveram alguns imprevistos e ele foi deixado de lado.
Ainda mais por estar em inglês.
Resolvi voltar a escrever, o que gerou esse blog.
Mas as reviews antigas merecem ser traduzidas, e para isso, preciso começar do começo.
Esse é o texto de abertura original do blog Pattern Recognition.
Deixarei entre parênteses e em itálico alterações na ideia original do blog.
Olá!
Eu sou um cretino. Sério. Uma grande parte das pessoas que conheço diz isso. Por que?
Eu discuto desde física quântica, matemática, Shakespeare, RPG, livros de fantasia, continuidade do universo Marvel, buracos nas histórias da DC, filosofia, economia... Deu pra entender né?
Provavelmente por eu ler muito.
Sempre o fiz.
Um bom exemplo é minha memória favorita de minha infância. Eu sempre li muito, mas era uma criança bem ativa, portanto eu geralmente lia à noite, após ser arrastado pra dentro de casa por causa do horário.
E daí eu lia. Geralmente à noite.
Mas, como toda criança eu tinha um horário imposto por meus pais para ir dormir.
Inicialmente, minha mãe entrava no meu quarto, me mandava dormir e apagava a luz.
Após eu ganhar um abajur, ela entrava, desconectava-o e levava embora, caso contrário eu esperava ela dormir, a acendia e voltava a ler.
Minha avó, uma mulher muito foda, decidiu que isso era errado. Que ler era mais importante que dormir, lição que ainda carrego em meu coração. E desafiando minha mãe, me comprou uma lanterna de bolso da Panasonic.
Minha avó, uma mulher muito foda, decidiu que isso era errado. Que ler era mais importante que dormir, lição que ainda carrego em meu coração. E desafiando minha mãe, me comprou uma lanterna de bolso da Panasonic.
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| Similar a essa, mas certeza que era Panasonic |
Eu amava aquela lanterna preta retangular com o botão laranja. Eu as guardei como um tesouro particular por anos, até quebrarem de forma irrecuperável...
Eu esperava minha mãe vir, pegar meu abajur e então esperava uns quinze minutos, cobria a cabeça com o cobertor e voltava a ler com essa lanterna.
Ela eventualmente descobria a lanterna e a tomou de mim. E minha vó vinha e me dava uma nova. Foi assim durante boa parte de minha infância.
Eu realmente sinto falta dessa lanterna...
Eu esperava minha mãe vir, pegar meu abajur e então esperava uns quinze minutos, cobria a cabeça com o cobertor e voltava a ler com essa lanterna.
Ela eventualmente descobria a lanterna e a tomou de mim. E minha vó vinha e me dava uma nova. Foi assim durante boa parte de minha infância.
Eu realmente sinto falta dessa lanterna...
Enfim, o que isso prova? Que eu sou um leitor compulsivo.
As vezes eu me mantenho afastado dos livros, pelo bem estar de minha carteira, mas jamais por muito tempo.
Mesmo após eu comprar um Kindle, o dinheiro desaparecia rapidamente quando eu lia no ritmo que gosto. (isso foi antes da Amazon lançar o Kindle Unlimited e antes de descobrir a existência do Calibre para inserir livros no Kindle.) Eu devoro um livro por dia, no caso dele ter menos de 200 páginas. Se desempregado ou de férias, o número sobe ainda mais...
Com o tempo, nem bibliotecas ajudam. Durante o ensino fundamental, eu praticamente li toda a biblioteca da escola, (não era uma biblioteca tão grande, mas ainda assim, uns mil livros). Li sobre cetáceos, filosofia, história, romances e outros. Com isso, fui desenvolvendo um senso crítico literário hardcore. Eu amo livros.
E os odeio também.
Por que? Bem, creio que qualquer leitor fanático entende. Se não é um de nós, cai fora. Aqui não é lugar pra você.
Sério. Cai fora.
Então... Porque odeio livros?
Na verdade, pode-se dizer que odeio autores. Não me leve a mal, não odeio todos.
Mas mesmo os que amo, eu odeio.
O motivo? Reconhecimento de padrões.
Sim. O nome do blog. É de um livro de William Gibson. É o motivo do meu ódio.
Sabe o modo como você reconhece uma música do U2 nos primeiros acordes? Ao menos nos bons álbuns? Ou como você reconhece o estilo de um filme do Kubrick? Você também reconhece um livro escrito por certos autores em poucas páginas.
É um padrão.
Se por um lado é esse o motivo de eu gostar de U2 na sua boa época. E o mesmo posso dizer sobre Kubrick.
Mas com autores, a coisa muda. Nem todos podem mudar seu estilo, como o magnífico Ítalo Calvino, um de meus mais amados escritores. Alguns, sempre tem algo que você pode reconhecer.
Os temas, o modo como a narrativa flui, o modo como a história se desenvolve, personagens... Padrões.
Eu te garanto: da banda forma que um filme do M. Night Shyamalan sempre tem um plot twist no final, você pode esperar que o fim de um livro do Stephen King vai ter um final... Decepcionante.
Sim, existem exceções. Mas no geral é assim. Um padrão.
Alguns conseguem fazer isso de forma magnifica, como o autor que inspirou esse blog: William Gibson.
Você conhece os truques, maquinações e padrões. Mas ao menos, pra mim, funciona. E funciona bem! Até mesmo com King isso funciona!
Ele muda diversas coisas, (como já sei que o final vai ser uma porcaria, consigo apreciar o passeio e reviravoltas do caminho) mas o básico não muda muito, mas funciona!
Mas daí que surge meu ódio: quando NÃO funciona.
Eu costumava amar Neil Gaiman. Sério. De verdade.
Sandman pra mim é uma das maiores e melhores obras de ficção já criadas. Livros da Magia tem todo um charme próprio.
E então eu li Stardust. É... Bem... É bem similar. É como se já conhecesse esses personagens. Daí li Neverwhere. Hmm... Mesma coisa. Deuses Americanos foi um pouquinho melhor, mas ainda assim, o mesmo de sempre. Fui ler Filhos de Anansi e... Puta merda!
É sempre a mesma coisa!
Ele muda algumas coisas, mas sempre é o mesmo tipo de personagem, os mesmos dilemas... As vezes o mesmo enredo!
Hoje em dia, ao começar um livro dele, após um ou dois capítulos, as vezes menos, escrevo como acho que vai terminar. Se começa a me irritar, pulo para o final e vejo se estava certo...
Infelizmente, geralmente estou.
Principalmente quando me irrito com a narrativa. Falando especificamente de você, O oceano no fim do caminho.
Mas ok, Gaiman ao menos tem um lugar reservado entre meus autores favoritos por sua obra em Sandman e Livros da Magia. Outros, nem tanto....
Eu já sabia como a série Percy Jackson iria acabar no terceiro livro. No terceiro pois quis dar uma chance, mas me confirmou tudo no terceiro.
A Torre Negra? Tudo certo até Stephen literalmente jogar a merda no ventilador no último livro e foder tudo. (Eu jamais vou te perdoar, Stephen. Jamais.)
Hermann Hesse, se você leu UM, leu todos.
Nem me fale de Agatha Christie...
Ah, e nem vamos começar em relação a mangá. Eu AMO mangá. Mas nossa... Quantos eu não desisti de ler por conta da repetição.
Pior ainda é minha recente paixão por light novels asiáticas. Pelos deuses, tem uns autores que parecem que nem tentam... Sem contar os que literalmente desistem no meio do caminho.
O que nos leva a criação desse blog.
Nem me fale de Agatha Christie...
Ah, e nem vamos começar em relação a mangá. Eu AMO mangá. Mas nossa... Quantos eu não desisti de ler por conta da repetição.
Pior ainda é minha recente paixão por light novels asiáticas. Pelos deuses, tem uns autores que parecem que nem tentam... Sem contar os que literalmente desistem no meio do caminho.
O que nos leva a criação desse blog.
Estava lendo o livro já mencionado do senhor Gibson, Reconhecimento de Padrões e em dado momento, comecei a rir alto. Acho que foi quando Boone apareceu e tinha todos os sinais de um traidor de Gibson. Minha ex-esposa estava passando perto e perguntou porquê eu estava rindo. Eu respondi que era por saber como o resto do livro ia ser desenrolar. Ela estranhou e perguntou pra que eu ia continuar lendo. E eu expliquei.
Ela concordou e disse que eu deveria escrever sobre.
E aqui estou eu, fazendo exatamente isso.
Por que? Porque eu gosto de discutir sobre livros.
E espero, caro leitor, que você também. Afinal, sabemos como isso é difícil (ainda mais hoje em dia).
Eu espero que possamos ter uma boa discussão por aqui.
Eu vou ler e falar sobre o que leio.
Mangás, quadrinhos, wuxia, romances, ficção científica, fantasia, filosofia... Eu leio de tudo.
E é isso.
Bem vindos.
Vamos lá.
See ya.

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